quarta-feira, 3 de julho de 2024

Sul da Bahia recebe visita de Professores da Universidade Federal de Goiás

 

No coração da região cacaueira do Sul da Bahia, um grupo de professores da Universidade Federal de Goiás (UFG) realizou uma visita técnica para conhecer a cadeia produtiva do cacau. A iniciativa, liderada pelos docentes do Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos e em Agronomia da UFG, tinha como objetivo explorar técnicas avançadas de produção e manejo da cultura cacaueira, além de fortalecer colaborações científicas com instituições locais.

A jornada envolveu uma série de encontros estratégicos com diversos atores da indústria, desde os grandes produtores até representantes da agricultura familiar. Entre os locais visitados estiveram a Fazenda Dengo Origem, o Centro de Inovação do Cacau (CIC), e a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC), proporcionando uma visão abrangente das práticas e inovações que impulsionam a produção na região.


Particularmente significativo foi o contato com figuras influentes como Cléber Isaac Filho, empresário e defensor da economia verde, e Henrique Almeida, produtor reconhecido pelo Chocolate Sagarana, além de Associações e Cooperativas como a Coopercabruca, que foi representada pelos Produtores Ney Marçal e Ialisson Alves. A visita também destacou a importância da preservação ambiental integrada à produção, evidenciando o modelo sustentável adotado na região, conhecido como sistema Cabruca.



Esta iniciativa sublinha o interesse crescente da academia nacional e internacional pelo cacau produzido na região, promovendo um intercâmbio crucial de conhecimento entre pesquisadores e instituições. "Que possamos continuar recebendo visitantes de forma preparada e didática, para compartilhar a riqueza e sustentabilidade do nosso modelo produtivo", apontou Orlantildes Pereira, Presidente da Coopercabruca, evidenciando a importância de futuros diálogos e colaborações.




Numa análise simples, o que se conclui, é que temos neste nosso canto de Bahia, uma riqueza que se traduz em vários aspectos que vão desde a produção cacaueira, que por sí só já seria grande, como na riqueza histórica, cultural, gastronômica, e, por trás de tudo, a nossa vocação (herdada diga-se de passagem) ambiental, que se representa em todas as nossas matas que cobrem nossas produções, e porque não dizer que fazem parte de nossas vidas. E é neste ponto que atraímos tantos olhares externos, o fato de termos um modelo tão sustentável e economicamente viável, onde a preservação unida a produção é a nossa atração principal. Sugiro a leitura do livro: “Conservação Produtiva” de Dan Érico Lobão e Wallance Setenta.

Que possamos receber mais visitantes (sejam acadêmicos, turistas ou de negócios) e que possamos está preparados para apresentar a nossa região cacaueira de forma clara, coesa e didática, reforçando nossa posição como um polo de excelência na produção de cacau, mas também como um exemplo de como  desenvolvimento econômico e  conservação ambiental podem caminhar juntos, inspirando novas gerações e projetos sustentáveis ao redor do mundo.

Por Ney Marçal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário